AVIÃO DA VASP CHOCOU-SE COM A SERRA EM 1982

ACIDENTE COM BOEING 727 DA VASP EM 1982

TREM DE POUSO DO AVIÃO DA VASP.
Na madrugada de 08 de junho de 1982, às 02h45, um dos Boeing 727 "Super 200" com as cores da empresa paulista Vasp e ostentando o prefixo PP-SRK, aproximava-se para efetuar seu pouso sob uma fina chuva na cidade de Fortaleza, Ceará, após cumprir mais um vôo na extensa malha de rotas da companhia. Porém, repentinamente, um estrondo foi ouvido em uma pequena localidade nos arredores da capital chamada Pacatuba, acordando a maioria dos moradores que, sem saber, ouviram o maior e mais grave acidente da aviação comercial brasileira. O avião, que havia decolado do aeroporto de Congonhas em São Paulo e feito escala no Rio de Janeiro, realizava o vôo 168 sem maiores problemas até bater e explodir em uma serra durante sua aproximação, causando a morte imediata das 137 pessoas que levava. Quais os motivos que teriam levado um avião comercial equipado com modernos sistemas de navegação a chocar-se contra uma montanha conhecida de sua experiente tripulação, que incluía até mesmo um cearense? Algumas perguntas encontrão aqui suas respostas mas outras, jamais serão respondidas de verdade!
Há divergências sobre o horário do acidente entre as várias fontes consultadas: algumas dizem que ele ocorreu as 02h25, outras dizem 02h45 e até 02h47 (Esta diferença fica mais evidente na transcrição do CVR - que indica 02h45 - e no texto que acompanha o áudio da CVR - que indica 02h25. Adoto o horário de 02h45, mencionado mais vezes e por diversas fontes). Moradores da cidade, como Antoni Fernandes, disseram ter ouvido uma forte explosão, seguida de um ligeiro tremor de terra, que acordou quase todos em Pacatuba. Segundo ele, várias pessoas saíram às ruas na chuva fina após a explosão e, olhando para a Serra da Aratanha, imaginavam o que teria ocorrido. O impacto com a serra deu-se a uma altura de aproximadamente 594 metros, em uma área de muita vegetação, causando a completa destruição do avião e dos corpos da maioria dos ocupantes do 727, chegando até mesmo a ocorrer uma espécie de "fusão" entre pedaços dos corpos, os tecidos das roupas e o metal da aeronave, segundo relatos de quem participou do resgate. Os fragmentos do 727 se espalharam por uma grande área e alguns estavam a mais de 500 metros, muitos dos quais ainda podem ser encontrados no local após quase vinte anos do acidente. Várias histórias são contadas pela população local sobre fatos estranhos ocorridos entre o momento do impacto e o início da manhã, desde saques até o aparecimento de fantasmas dos mortos, como uma suposta "procissão" de pessoas de branco, todas com uma vela branca acesa nas mãos, que descia do local do impacto e dirigia-se até a cidade de Pacatuba, poucas horas após o choque do avião com a montanha.
Existem muitas teorias para a colisão do 727 na Serra da Pacatuba, desde um eventual suicídio por parte do comandante da aeronave (boato bastante comentado nas rodas de aeronáutica até hoje mas nunca comprovado, talvez motivado pelos problemas pessoais do comandante Vieira, confirmados na época por amigos) até o simples erro técnico da tripulação, como finalmente apontou o relatório do Cenipa. O estranho é que se pode comprovar na gravação do CVR a existência de um clima de "descontração" na cabine (não se sabe se por parte do comandante ou dos demais membros, mas alguém até assobiava) mas também se observa que o co-piloto e o engenheiro estavam preocupados em ver seu Boeing voando abaixo da altitude prevista para o local onde sabiam existir morros como a Serra da Pacatuba. Comenta-se que o co-piloto estava voltando para a escala de vôo naquele dia após cumprir suspensão por ter discutido com um comandante da empresa e tomado os controles de um 727 algum tempo antes. Dessa maneira, ele estaria em uma situação na qual, mesmo vendo um erro de navegação, queria evitar de se indispor com o comandante da aeronave, especialmente alguém tido como tão competente, como o comandante Vieira. Estes fatos, embora bastante comentados no meio aeronáutico, não podem ser comprovados. A realidade é que algo de muito errado aconteceu naquela madrugada, para que três competentes tripulantes técnicos e uma aeronave de 22 milhões de dólares (valores da época) com apenas cinco anos de idade, protagonizassem o maior acidente aéreo da história do Brasil, levando consigo 128 passageiros e mais seis tripulantes de cabine.

MIRANTE NA SERRA DE ARATANHA



















É em Pacatuba que a serra impõe-se com maior intensidade no seu conjunto de rochas, a mata fechada e enramada e a água farta que transborda pelas encostas, quer para desaguar no complexo Riachão, Gavião e Pacoti, abastecendo Fortaleza e a região Metropolitana, quer para o mero entretenimento dos seus visitantes, que se aglutinam principalmente nas Andréas, um conjunto de bicas naturais, forando piscinas ao pé da serra e que é um de seus principais atrativos. Esse é apenas um dos principais atrativos, que seja bem dito. O que encanta na Aratuba é a sintonia com a natureza, favorecendo especialmente os amantes do ecoturismo. Eis porque aumenta a cada dia os interessados em percorrer as trilhas que resultam em paraísos naturais, como o açude do Boaçu. Do mesmo modo como a natureza apresenta-se de forma frágil nos diversos trechos da serra, há também uma precariedade no apoio aos caminhantes das trilhas. Não há locais para pernoites, se não for oferecida pela caridade dos raros moradores das encostas.


















Chegada ao Mirante
Com 6.448,29 hectares de área, a Serra da Aratanha tem caminhos que tanto levam ao encanto, quanto ao desencanto. Fascina o fato de abrigar uma extensa mata, espelhos d' água e trilhas que despontam para potencializar a região no ápice do ecoturismo. No entanto, choca como tudo isso vem sendo mal utilizado. E ainda pior: como a natureza tem sido degradada ao longo dos anos.
A Aratanha fica localizada nos municípios de Pacatuba (a 14 quilômetros de Fortaleza), Maranguape e Guaiúba.

Localizado a aproximadamente a 1.400 metros do início da trilha do Boaçu, o Mirante, oferece uma visão extraordinária da cidade e de grande parte da região metropolitana de Fortaleza, onde se pode observar o Complexo de Abastecimento de Água de Fortaleza (Açude Pacoti-Gavião).Vista do mirante, o complexo de abasteciemnto de água

TRILHAS NA SERRA DE ARATANHA

VALE A PENA FAZER ESTA TRILHA
Pedra Preta
Está localizada a 1.500m do início da trilha do Boaçu. Trata-se de uma rocha de aproximadamente 6 metros de altura por 40 metros de largura, porém não é utilizado para prática de rappel devido possuir fendas de onde surgem algumas bromélias e manchas escuras de lodo.


















Pico de Letreiro
Ponto culminante da Serra da Aratanha com 775m de altura, atingido por trilhas de média dificuldade, de onde se tem uma vista panorâmica de Fortaleza e arredores.
Pedreira
Localizada ao sopé da Serra da Aratanha, atrativo propício para a prática de rappel, medindo aproximadamente 70m de altura, até chegar a ela, é necessário uma caminhada de 1.000 m. Vista da região metropolitana de Fortaleza a partir do Mirante - Serra de Aratanha





SERRA DE PACATUBA - UM PRESENTE DA NATUREZA

A ESCOLA DA TERRA NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DA SERRA DE ARATANHA
A Serra de Aratanha é uma Área de Preservação Ambiental Estadual, criada através do decreto nº 24.954 em 05 de junho de 1998. Encontra-se localizada nos município de Maranguape, Pacatuba, Guaiúba, sendo cortada por dois rios, o Pacatuba e Guaiúba, que se originam de diversas nascentes no alto da Serra e vão desembocar no sistema Pacoti-Riachão-Gavião. Abrange uma área total de 6.448,29 ha.
Possui uma flora muito variada, cuja vegetação até 400 metros é do tipo da Caatinga arbórea. Entre 400 e 600 metros a vegetação é do tipo mata seca. Acima de 600 metros a vegetação é a mata úmida, caracterizando-se pelas árvores, arbustos e trepadeiras próprias das regiões serranas.
A fisionomia da vegetação apresenta árvores de caules retilíneos, espessos, cobertos muitas vezes com liquens, orquídeas, samambaias e bromeliáceas. A fauna é constituída por uma grande variedade de roedores, pássaros, mamíferos, serpentes e insetos. A altitude da serra é de aproximadamente de 653, 7 metros.

As trilhas da Serra da Aratanha são bastante atraentes. Existem vários atrativos naturais: Estação Ecoturística Parque das Andréas, Trilha do Boaçu, Mirante, Pedra Preta, Lago do Boaçu, Gruta do Pimpim, Trilha do CETREF, Cachoeira do Paraíso.
A partir da cidade de Pacatuba, são 12km de caminhada entre as matas até o belíssimo Lago do Boaçu. A trilha pode ser percorrida em 4 horas (ida e volta) e tem atrativos naturais inesquecíveis.

Trilha do Letreiro
Uma hora e meia de caminhada seguindo pela Trilha do Boaçu e você chega até o Pico do Letreiro, onde encontrará uma misteriosa pedra com inscrições rupestres. É emoção assegurada numa paisagem repleta de verde por todos os lados.